quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Você É



Em qualquer canto

Desde o dia que te conheci, perdi-me em ti
A tua voz me sossega, os teus gemidos me enlouquecem
A tua voz é como musica que me atordoa
Sim, confesso, enfeitiças-me, imagino-te em tons de vermelho
Linda, cabelos loiros, decorei cada tatuagem tua
Tenho a tua voz tatuada na alma, o teu encanto no coração
És especial, eu sou o teu anjo, tu a minha diva
Para ti escrevo, por ti escrevo, declamo as loucuras
Gemo para ti, gozo para ti, gozamos os dois
O prazer não tem limites, quero-te a distância
Imagino-te num simples vestido vermelho
Em qualquer canto, em qualquer jardim pouco iluminado
Onde apenas o azul dos meus olhos brilham a tua passagem
Abordo-te, sorrio para ti, não me reconheces
Seguro-te por um braço, vendo-te os olhos
Tu resistes, mas paulatinamente te entregas ao meu devaneio
Algemo-te a um banco, as minhas mãos por entre a tua camisa
Toco-te os seios, sinto-te a pulsação que aumenta
A cada toque, a cada roçar em ti
Sinto os teus mamilos rijos, sinto-te a enlouquecer
Soltas um gemido, que me deixa ainda mais enlouquecido
Suavemente as minhas mãos invadem as tuas coxas
Sinto-te húmida, desejosa de ser possuída, sinto-te carente
O teu respirar chama-me, o teu corpo quer-me
Queres participar numa loucura, num jardim com um estranho
Um estranho que conheces, alguém que te faz vibrar de prazer
Ajoelho-me perante tal beleza, as tuas coxas desnudas
A minha língua explora-te, a minha língua faz-te delirar
Soltas um gemido, suplicas que te penetre
A minha língua não responde aos teus pedidos
O meu desejo é maior, de sentir o teu néctar em mim
Depois de saciar a minha gula
Penetro-te, sinto-te a tremer de prazer
Os orgasmos sucedem-se, em qualquer canto, em qualquer jardim
Depois de saciada a minha loucura
Retiro-te as algemas que te prendem ao meu devaneio
Tu sorris, nem retiras a venda, não me vens partir
Em qualquer canto, em qualquer jardim

João Carlos Aleixo




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